quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

São Luiz, dez dias após a tempestade

Imagens feitas na visita à cidade no último dia 10 (domingo) revelam detalhes do centro histórico dez dias após a enchete que arrasou a pequena São Luiz do Paraitinga.

Por Stela Guimarães


Sob forte calor, voluntária caminha de máscara no centro histórico


Em meio aos escombros, o livro 'A herdeira' escrito por Sidney Sheldon


Até domingo (10), as ruas ainda estavam tomadas pelo entulho e geravam preocupação nos moradores: uma nova chuva poderia levar os restos da enchente para a calha do rio Paraitinga e elevar ainda mais seu nível


A destruição dos casarões transformou a cidade em cenário de faroeste de John Wayne. Promessas de reconstrução devem ser acompanhadas por todos


Uma das janelas da Capela das Mercês: remoção dos escombros do patrimônio histórico ainda não foi feita e será acompanhada por especialistas em restauração. Mas até lá, o que ocorre se uma nova tempestade vier?


A força e altura das águas arrastou móveis até os telhados


A primeira casa a ruir no centro histórico, seegundo relato de moradores testemunhas da enchente


Casas da praça destruídas pelas águas. Entre elas, a biblioteca municipal. Ao fundo, a igreja do Rosário: a única que restou no centro histórico


A porta aberta revela a área interna de um casarão invadido pelas águas


Séculos de história, comprovados pela construção em taipa agora aparente, foram ao chão. Neste local, funcionava uma pousada de onde vi passar a procissão da Sexta-Feira Santa em 2000


Os escombros da igreja Matriz assemelham-se a uma cruz


A barraca de artesanato vizinha ao rio e destruída pelas águas: só restou as palavras "barraca da solidão"




O exército nas ruas monitora o patrimônio. Só não entendi porque os militares em massa não podem ajudar os voluntários na limpeza da cidade

3 comentários:

  1. Porque sempre tem um paisano que critica oq fazemos ?!

    ResponderExcluir
  2. o exército? não foi crítica: foi uma pergunta. nem que fosse o exército da salvação. raphael! o que vi é justamente com o olhar do senso comum, admito. mas era entranho ver crianças e jovens ajudando e soldados parados no QG. cmas como disse, foi uma pergunta. e ainda posso ter uma resposta, não é?
    abraço!
    Stela

    ResponderExcluir
  3. Senti um soco na boca do estômago quando me deparei com essa tragédia há um ano atrás e logo publiquei no meu blog a minha tristeza, que nos dias de hoje se repete na região serrana do Rio, com um número ainda maior de mortos e devastação de uma região tão bonita quanto à cidade das marchinhas. Nao voltei a SLP depois disso e espero mesmo que a cidade tenha condições de manter ou fazer um grande evento prá reacender o turismo e o Carnaval da cidade, tradicional com suas marchinhas. Que os espíritos de Elpídio dos Santos e demais letristas possam ser reavivados em forma de inspiração em novos compositores e que a mágica do local não se deixe levar pelos 10 metros de água acima do nível do Rio Paraitinga e que esse sirva apenas de inspiração para cantigas e contos e que nos lembre de sempre respeitarmos o espaço do que é natural, pois temos a certeza de que não podemos medir forças com a natureza!

    ResponderExcluir